Após a Emenda Constitucional 13 que modificou o tempo de mandato do Grão-Mestre e seu Adjunto, e redefiniu a data do sufrágio eleitoral no Grande Oriente do Estado de Mato Grosso, veio de ser recém-publicada a Resolução 03/2018 do Tribunal Eleitoral Maçônico fixando o prazo para o registro de candidaturas para nossas eleições gerais maçônicas até o vindouro 30 de novembro de 2108.

 

         Desse modo, nós, Antonio Horácio da Silva Neto, obreiro da ARLS Novo Milênio Irmão Jamil Boutros Nadaf n° 40, e José Roberto Schmaltz, obreiro da BARLS Conquista e Integração n° 8, do Oriente de Cuiabá/MT, tomamos a liberdade de apresentar aos irmãos  e lojas jurisdicionadas ao Grande Oriente do Estado de Mato Grosso nossos nomes para concorrer, respectivamente, aos cargos de Grão-Mestre e Grão-Mestre Adjunto.

 

         Essa apresentação decorre de muita reflexão pessoal de cada um de nós e deliberações junto a irmãos de diversas lojas, assim como as nossas respectivas oficinas, sobre as próximas eleições. Assim é que chegamos ao consenso de propor uma chapa eleitoral para concorrer as eleições do Grande Oriente do Estado de Mato Grosso. Entendemos que não é possível o exercício dos mais altos cargos maçônicos de nossa Obediência possa ser definido por imperativos pessoais ou de determinados grupos ou oficinas, mas sim, por propostas e ações que alcancem o maior número de Lojas, irmãos, famílias maçônicas e sociedade, no resgate e manutenção dos nosso princípios fundamentais de Igualdade, Liberdade e Fraternidade.

 

         Com efeito, pensar diferente seria induzir a um entendimento de que os maçons não são realmente inteligentes, livres e de bons costumes e, ainda, que são eles tutelados por suas lideranças de momento, sem propostas e metas administrativas, distanciando de todos os nossos ensinamentos.

 

         Além do mais, seria deixar de observar que há entre nós, com a graça do Grande Arquiteto do Universo, valorosos irmãos com grandes potenciais e em condições de oferecer suas competências e experiências, desprovidos de vaidades e com disponibilidade de tempo para bem administrar o Grande Oriente do Estado de Mato Grosso.

 

         Diante dessas constatações e definida a intenção de nos candidatar, começamos a planejar uma proposta de ações, resultado das nossas discussões com os demais irmãos que nos apoiam,  estabelecendo metas factíveis de realizações para uma eventual administração, tendo em vista o que já foi realizado nas gestões anteriores, o que pode ser melhorado e o que acreditamos que possa ser realizado já pensando no futuro,  para o bem dos irmãos, da família maçônica e da sociedade como um todo.

 

 

         Tais ações estarão focadas, como pode ser observadas, na necessidade de se operar uma mudança mais objetiva e profunda no Grande Oriente do Estado de Mato Grosso, no seu modo de atuação nas políticas internas para se dar mais concretude às necessidades dos obreiros, lojas e da família maçônica, especificamente a sua melhoria pessoal como indivíduos e coletividade, aliadas ao auxílio mútuo.

 

         É momento de planejar ações atuais e pensar no nosso futuro coletivo enquanto entidade e família maçônica e que temos que promover um rumo mais proativo à nossa Obediência, que mostre ser o tempo de maior aproximação e de debates de ideias entre todos nós, maçons e oficinas, dividindo o dever e exercendo todas as responsabilidades que temos para um Grande Oriente do Estado de Mato Grosso que realmente queremos.

 

         Queremos um Grande Oriente na sua capacidade de mobilizar e unir os maçons, as lojas e suas famílias para enfrentar os tempos difíceis que vivenciamos e pelos quais teremos ainda que passar, principalmente em razão das condições econômico-financeiras do nosso país e do nosso estado. Diferente na forma de se fazerem sentidos indelevelmente todos os valores e princípios maçônicos que nos unem como verdadeiros irmãos.

 

         Queremos um Grande Oriente com uma atitude de aproximação ainda maior entre irmãos e lojas com Ele próprio, dinamizando as delegacias dos polos regionais, descentralizando a administração e tornando-a presente em todas as partes do nosso continental estado, ouvindo e dando respostas céleres às suas preocupações e necessidades mais prementes.

 

         Queremos um Grande Oriente que deve incluir não somente os jovens das nossas ordens para-maçônicas Filhas de Jó e Demolays, mas os nossos sobrinhos e as nossa cunhadas, os quais podem dar o valioso suporte de apoio a todas as campanhas ou eventos maçônicos e sociais devidamente  definidos em cronograma amplamente discutido pelas lojas e a serem realizados por nossa Obediência.

 

         Queremos um Grande Oriente do Estado de Mato Grosso que deve voltar a se consagrar como um ativo partícipe na definição das políticas de administração dessas campanhas e eventos maçônicos e sociais, com o apoio das suas oficinas jurisdicionadas, na busca de meios de resolução para os nossos problemas institucionais, entre os quais se encontram a questão da melhoria do preparo dos obreiros (aprendizes, companheiros e mestre), da melhoria do preparo dos dirigentes das lojas (venerável mestre, primeiro e segundo vigilantes, tesoureiro, orador e secretário), do relacionamento administrativos dos irmãos e lojas com a nossa Obediência, da forma de cotização dos obreiros e oficinas, da forma de contribuição da mútua maçônica, do exercício da beneficência e da interação da família maçônica com a Obediência.

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         Mas não é só. Queremos um Grande Oriente que se engaja com responsabilidade social nas grandes causas públicas que tocam mais proximamente aos necessitados e, também, se posicionar nos fatos marcantes da vida política municipal, estadual e federal.

 

         Não somos políticos e nem queremos ser, mas somos politizados, pois o maçom é um preparado construtor social. Como poderemos cobrar dos nossos prefeitos, governadores e parlamentares se não nos posicionamos e não mostramos as ações sociais e condutas morais e éticas que consideramos importantes para a melhoria da sociedade? Sem pro-atividade e protagonismo essa cobrança fica totalmente prejudicada e sem nenhum efeito.

 

         É preciso investir na melhoria da qualidade da informação e dos estudos sobre os nossos assuntos e sobre nossas ações, estabelecendo as bases de um relacionamento criterioso e profícuo com os órgãos de comunicação internos e externos, facilitando o conhecimento dos fatos e das situações em tempo célere e satisfatórios.

 

         É preciso a valorização dos irmãos e das lojas, proporcionando-lhes condições para poderem, em termos pessoais e profissionais, crescerem ainda mais e merecerem o respeito e a confiança de toda a sociedade onde se situam. Afinal, não estamos na Maçonaria para vencer nossas paixões, submeter nossas vontades e fazermos novos progressos? Com certeza que sim e nisso acreditamos piamente.

 

         Mas, para alcançarmos tudo isto, precisamos nos unir e de fato, nos tornarmos obreiros uteis e dedicados. E com o auxilio das Luzes do GADU, poder conduzir os trabalhos à perfeição, os quais irão representar simbolicamente para todos nós, maçons e lojas, a clara e expressa redefinição coletiva dos nossos deveres para com Deus, para com o Grande Oriente do Estado de Mato Grosso, para com a nossa pátria, para com nossos irmãos, para com as nossas famílias, e para com a melhoria da sociedade e de suas condições mínimas de dignidade e cidadania.

 

         Desta forma, propomos o slogan de União, Atitude e Fraternidade, UNIÃO de propostas e pensamentos. ATITUDE de realização coletiva de ideias e a FRATERNIDADE para medir as nossas escolhas.

 

         Se eleitos pela vontade da maioria, é certo que nada faremos sozinhos. Nossas propostas não se esgotam em si mesmas e não se tratam de algo pronto e acabado. Poderão ser sempre revistas, corrigidas, desdobradas, ampliadas, reformuladas de acordo com todas as bem-vindas contribuições dos irmãos e lojas, as quais estaremos prontos para ouvir.

 

         Fraternalmente.

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